Paulo Adão Morais, um montador de móveis, de 50 anos e a professora, Manuela Renata Araújo foram mortos dentro da casa da família, em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, na madrugada do dia 11 de setembro. A princípio o crime foi tratado como latrocínio, mas depois foi descoberto que o filho mais velho e a nora do casal foram os responsável pelo assassinato.
Vizinhos foram acordados pelo barulho de tiros e de um carro passando em alta velocidade pela rua. Na casa, além do casal assassinado, moravam a caçula da família com 13 anos, o filho mais velho, Iuri, de 20 anos e a namorada dele, Bruna, de 18 anos.
Paulo e Manuela foram atingidos por dois tiros a queima roupa e o carro deles foi roubado pelo suposto assaltante. Uma câmera de segurança registrou o momento da fuga. A versão inicial foi contada por Iuri, que afirmou que a casa havia sido invadida por um homem que queria roubar o carro da família.
Porém, no quarto do casal, onde eles foram atingidos pelos disparos, nada foi levado e a porta da casa não foi arrombada. Em entrevista, a prima de Iuri, Danielle, contou que a filha mais nova do casal só se recorda do irmão mandá-la ficar dentro do quarto dela porque eles estavam sendo assaltados.
Danielle também disse que, depois do crime, em uma conversa com Bruna a jovem se desesperou ao descobrir que quem efetua um disparo com arma de fogo fica com vestígios de pólvora no corpo.
Confissão e detalhes do crime
Dias depois, Iuri confessou ter planejado a morte dos pais e foi preso imediatamente. De acordo com a delegada, o crime estava sendo planejado há dois anos e a ideia ia e vinha de acordo com o relacionamento deles. O segundo a ser preso foi Roger Nunes, amigo de Iuri que levou o carro para fingir um assalto.
Ainda segundo a polícia, Bruna foi quem efetuou os disparos. Enquanto o casal dormia a jovem entrou no quarto deles e deu um tiro na cabeça de Paulo e e outro na cabeça de Manuela. Iuri esperava no corredor da casa e Roger vigiava a porta da rua.
Enquanto o jovem fugia com o carro, o casal ficou na casa à espera da polícia. O motivo do crime seria a herança da família, a casa onde todos moravam e alguns hectares de terras no interior do município.
Além de fazer homenagens nas redes sociais, tanto Iuri quanto Bruna tentaram disfarçar o envolvimento no crime se mostrando emocionados durante o velório. Porém, a namorada deixou o país rumo ao Uruguai logo após a cerimônia. Depois disso, já em Rio Branco na casa do pai, a jovem teria tentado se matar.
Após o ocorrido Bruna foi encaminhada para um hospital de Jaguarão, onde foi presa na manhã da quinta-feira (17). No mesmo dia, a arma do crime foi encondrada nas águas no rio Jaguarão.
A jovem foi encaminhada para a Penitenciária Estadual de Rio Grande, no sul do estado e Iuri foi transferido do presídio em Jaguarão para uma penitenciária em Canguçu.