Inserida na vida pública como uma pessoa pronta para inaugurar um modelo de política partidária baseada no combate à corrupção e na defesa da moralidade pública e da obediência à lei, a delegada de Polícia Civil Danielle Garcia (PODEMOS) tem sido, na prática, uma das grandes decepções da política sergipana. É que ficou provado que entre o seu pensar, o fazer e o falar, existem abismos gritantes.
A primeira prova está na condenação que recebeu do juiz Alexandre Magno Oliveira Lins, do 2º Juizado Especial Cível, no processo 202140200684, por tentar ganhar votos do eleitor aracajuano, nas eleições de 2020, mentindo. Tanto é que sua condenação foi baseada nos seguintes termos: “A liberdade de expressão não pode servir de salvaguarda para disseminação de discursos de ofensa à imagem e a honra do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira”.
A segunda prova do retrocesso que representa Danielle Garcia está na manutenção do 2º suplente de deputado estadual Carlão Vigilante em seu partido, o PODEMOS. Carlão foi preso temporariamente, passou a usar tornozeleira eletrônica e vai a júri popular no dia 30 de março de 2022, sob a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra Eronildes Teles Neto, uma pessoa com deficiência intelectual. De acordo com o inquérito policial e a denúncia ofertada pelo Ministério Público Estadual, as provas confirmam a autoria e materialidade do crime.
Já a terceira e última prova é resultado da segunda. É que para ampliar a sua influencia política, Danielle está usando o PODEMOS, partido que comanda no estado, para diminuir a representatividade feminina na Assembleia Legislativa de Sergipe, já que o partido moveu uma ação junto à Justiça Eleitoral para cassar o mandato da deputada estadual recém-empossada por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TER-SE), Gracinha Garcez, 1ª suplente da legenda nas eleições de 2018, para colocar em seu lugar um correligionário que ainda vai sentar no banco dos réus, por um crime contra a vida.
Diante de tais ações, Danielle Garcia se mostra como mais uma grande decepção da política sergipana, uma vez que, de olho no poder, nega abertamente o compromisso de agir e defender a moralidade e a obediência à lei. Além disso, ao dizer uma coisa e fazer outra, ela acaba deixando o eleitor sergipano com medo de errar mais uma vez em 2022, já que o Senador Alessandro Vieira, que nunca deixou de ser seu único conselheiro, figura entre os políticos de primeiro mandato com uma das atuações mais decepcionantes do estado.