O cachorro de estimação tende a se tornar um membro da família rapidamente. Não há como não se encantar com as piadas, obras e artirices de um cachorrinho. Aos poucos, ele começa a dividir cama, sofá e todos os espaços da casa com você. Desde o início os “lambeijos” são a melhor demonstração de alegria entre o animal de estimação e o tutor. No entanto, a lambida do cão pode ser perigosa para a saúde humana.
É o que pesquisas de cientistas portugueses e britânicos mostraram. Os resultados serão apresentados durante o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa. A hipótese a ser apresentada é que cães e gatos podem preservar bactérias resistentes a antibióticos.
Lambida de cachorro pode transmitir bactérias super-resistentes
Os pesquisadores trabalham no Royal Veterinary College, no Reino Unido, da Universidade de Lisboa. Eles analisaram as fezes dos animais e responsáveis, e foram coletadas 217 amostras do material.
Todo o material coletado foi submetido à análise para acusação de superbactérias. 14 cães e 15 humanos revelaram a presença de cepas e.coli resistentes a antibióticos, como a penicilina. O problema é que o microrganismo em questão tem potencial para ser fatal em algumas circunstâncias.
O pior é que a transmissão de bactérias pode ocorrer através da via fecal ou oral. Em outras palavras, não são apenas fezes que podem ser contaminadas, lambidas de cães ou gatos podem estar cheias dessas bactérias.
É necessário praticar a higiene e cuidado com a lambida de cachorro
De acordo com informações publicadas pelo jornal britânico Daily Mail, a descoberta reforça boas práticas de higiene. Juliana Menezes é uma das pesquisadoras que aponta para os cuidados básicos necessários.
“Nossas descobertas reforçam a necessidade de as pessoas praticarem uma boa higiene em torno de seus animais de estimação e reduzirem o uso de antibióticos desnecessários em animais de estimação e pessoas”, disse ela ao Daily Mail.
Estudos da Universidade de Washington (EUA) e da Universidade de Oxford (EUA) mostraram que superbactérias mataram 1,2 milhão de pessoas em 2019. No entanto, também contribuíram para a morte de outros 5 milhões indiretamente.