Depois que o Ministério Público fez o chamamento para que a Prefeita Hilda Ribeiro comparecesse a uma audiência nesta quarta-feira, 22, no Fórum, na tentativa de fazê-la emitir alvarás e certidões de uso e ocupação do solo para as obras de calçamento pela Codevasf, o resultado foi a determinação de um prazo máximo de 30 dias para que a Prefeitura de Lagarto faça essa liberação.
O entrave estava justamente no “jogo político” da gestão Hilda. Quem está intermediando essas pavimentações é o Deputado Federal Fábio Reis (MDB), autor das emendas no valor de R$ 11 milhões, mas que é adversário político de Hilda e do seu marido, Gustinho Ribeiro. Fábio teve que recorrer à Justiça para que o benefício ao povo lagartense fosse aceito pela gestão dos Ribeiro.
Fábio Reis compareceu à audiência junto à 1ª Promotoria Cível de Lagarto a fim de agilizar a liberação das obras, mas Hilda, sem explicar o motivo, mesmo sendo Prefeita do município, não compareceu e enviou dois secretários municipais e um procurador. Representantes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) também estiveram presentes na audiência.
Os servidores da Codevasf explicaram ao promotor que solicitaram ano passado certidões de uso e ocupação do solo para realizar as obras nos povoados Açuzinho, Brasília, Jenipapo e Colônia 13, mas nunca obtiveram resposta da Prefeitura de Lagarto. A gestão informou que liberou ontem apenas um trecho (referente ao Açuzinho), das dezenas e dezenas de ruas solicitadas, e negou outro trecho. Porém o Ministério Público solicitou que a Prefeitura reavalie o trecho negado até o dia 13 de fevereiro.
Com isso, a determinação foi de que em 30 dias no máximo a Prefeita Hilda Ribeiro agilize as análises dos demais projetos (todos) para que possa fazer a liberação para execução dessas obras pela Codevasf nos povoados lagartenses, mesmo sendo conquistas de um adversário político, uma vez que o Poder Público tem o dever de atender a todos, obrigatoriamente, independente de que partido ou grupo político façam parte.
Contradição e “mico” – O marido da Prefeita, Gustinho Ribeiro, na tentativa de defendê-la espalhou uma fake news em pleno rádio de que ela já teria emitido as certidões, porém, com o chamamento do Ministério Público e a assinatura de um termo pelos secretários e procurador municipal de que em 30 dias a Prefeita faria a análise das certidões de uso e ocupação do solo, Gustinho está pagando o maior mico e agora tem que se explicar para a população. Ele já havia sido desmentido pelo próprio secretário de Obras da sua gestão.