Segundo a família, o jovem saiu de casa, no Bairro Marcos Freire III, em Nossa Senhora do Socorro, Grande Aracaju, por volta das 19h, e algumas horas depois ligou para a esposa, avisando que a motocicleta deles estaria no Bairro São José, próximo ao bar em que trabalhava e saiu caminhando.
Na Coroa do Meio, o jovem teria feito duas compras na loja de conveniência, quando saiu e foi baleado pelo Grupamento Especial Tático de Motos (Getam). Ainda segundo familiares, ele sofria de ansiedade e depressão.
No Registro de Ocorrência Policial (ROP), os agentes informaram que estavam no posto abastecendo as motos, quando o jovem teria simulado que iria sacar uma arma e que foi em direção à guarnição. Um dos militares realizou um disparo e ele morreu no local.
Após análise do Instituto de Criminalística, foi constatado que na cintura de Ithalo havia um celular e alguns pedaços de plástico.
“Meu filho não era vagabundo, meu filho não andava armado”, disse o padrasto dele, José Santana Neto.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e o Comando da Polícia Militar determinaram uma investigação imediata, conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“As autoridades da Segurança Pública de Sergipe seguirão com as devidas apurações para elucidar todos os detalhes da ocorrência, reafirmando o compromisso com a transparência no processo investigativo, ao tempo em que frisam que lamentam toda e qualquer vida ceifada”, diz a nota da SSP.
O corpo do homem foi levado para o Instituto Médico Legal, em Nossa Senhora do Socorro. Os familiares informaram que não haverá velório do corpo, e o sepultamento deve ocorrer à tarde, no município. Além da esposa, ele deixa um filho de um ano.
O bar em que Ithalo trabalhava emitiu nota de pesar e informou que não irá funcionar nesta terça (29). “Sua partida precoce e trágica deixa em nós uma profunda saudade e um vazio que será difícil de preencher”.