Autoritarismo ou perseguição? Comerciantes são expulsos de quiosques em Poço Redondo

Em Santa Rosa do Ermírio, povoado do município de Poço Redondo (SE), a retirada repentina de comerciantes de quiosques públicos causou revolta e levantou suspeitas de perseguição política. Entre os atingidos está Vânia das Coxinhas, figura bastante conhecida na comunidade, que, assim como outros trabalhadores da localidade, recebeu um prazo de apenas 24 horas para desocupar seu espaço.

A situação tem sido descrita como autoritária e desumana. Um comerciante desabafou: “Foi uma humilhação. Ninguém veio conversar, só mandaram a ordem e pronto. Como é que a gente sai assim, de um dia para o outro?”. Segundo relatos, alguns dos comerciantes investiram aproximadamente R$ 30 mil em produtos e equipamentos, agora ameaçados de perda ou dano por falta de tempo para retirada adequada.

Não houve diálogo prévio nem apresentação de alternativas por parte da administração. Apenas a ordem de desocupação, sem qualquer sensibilidade social com quem tira dali seu sustento diário.

O vereador Weverton Filho de Wilson usou a tribuna da Câmara Municipal para manifestar repúdio à ação e apelou à gestão municipal que reconsidere a medida. “O que parece está acontecendo é uma perseguição política”, disse, cobrando respeito às famílias atingidas.

Até o momento, a Prefeitura de Poço Redondo não se manifestou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, os moradores de Santa Rosa do Ermírio seguem cobrando explicações e clamando por respeito e justiça.

A dúvida permanece: trata-se de uma ação administrativa legítima ou de um ato com motivações políticas?