A história que você verá a seguir é para revoltar qualquer cidadão, mas principalmente aquele que nesse momento de crise não sabe como será sua vida na próxima semana, o que comerá, com que dinheiro sustentará sua família. Esse retrato é totalmente diferente do da família Ribeiro, que está no poder em Lagarto, usufruindo do seu coronelismo e nepotismo e se valendo do dinheiro da prefeitura do município para torrar tudo em luxo, festas e roupas caras. Não é mesmo, Maria Monteiro Fonseca?
A funcionária fantasma citada acima é prima de Hilda Ribeiro (Solidariedade), mora em Aracaju – assim como Hilda e toda sua família – e foi nomeada pela prima prefeita para o cargo em comissão de chefe da Ouvidoria da Saúde com salário de R$ 6.000,00 – o salário-base do cargo é de R$ 975,33, mas as gratificações generosas de Hilda fazem com que seus proventos fiquem seis vezes maior que o salário mínimo do trabalhador brasileiro.
Maria Monteiro Fonseca é figurinha carimbada nos cargos comandados pelo deputado federal Gustinho Ribeiro (Solidariedade). Enquanto este indicava cargos entre 2016 e 2018 na Fundação Estadual de Saúde – FUNESA, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, ela também fez parte do quadro de servidores da instituição, onde também não não era exemplo de servidora. Vida boa, hein?
Vamos voltar a Lagarto. Procuramos saber de perto como é o trabalho dela na ouvidoria. Perguntamos aos colegas servidores. “Não sei. Tem no mínimo 20 dias que ela não aparece na Secretaria de Saúde. A Ouvidoria tá fechada”, relatou uma pessoa de dentro da pasta que preferiu não se identificar e lamentou que no momento de pandemia Hilda trate a saúde como uma “brincadeira de família”. Maria também chegou a ser lotada na Clínica de Saúde da Família José Antônio Maroto, mas a “frequência dela era péssima”, confirmaram os próprios servidores.
A estratégia de Hilda Ribeiro para combater o coronavírus é pagar R$ 6.000,00 a parente como funcionária fantasma da Ouvidoria da Saúde, não ter resultado no recebimento das queixas dos cidadãos lagartenses durante essa pandemia através desse canal de comunicação com a população e então justificar a compra de um aplicativo de celular de R$ 175.000,00. Com toda certeza a população do município de Lagarto teria um atendimento satisfatório sem precisar de aplicativo municipal (uma vez que já existe o gratuito do SUS) se a ouvidoria exercesse sua função de verdade.
Luxos e festas – Agora vamos entender o motivo de Maria não ter tempo para exercer o cargo de 40 horas semanais. R$ 220,00 é o preço do ingresso do Sollares, festa da classe alta que Maria costuma ir, como mostra suas redes sociais. “Não tem como ser ruim!”, comentou ela em sua postagem. Claro, pagando um valor desse, né? A festa mais em conta para ela é no Clube do Samba e Odonto Fantasy, onde os ingressos variam de R$ 60,00 a R$ 200,00.
Ela é frequentadora também dos caros ingressos das arenas brasileiras em dia de jogo do Brasil, ainda mais em Jogos Olímpicos, como mostra sua postagem na Arena Fonte Nova, no jogo da seleção contra a Dinamarca, onde o ingressou variou de R$ 70,00 a R$ 100,00 e a cerveja que segura com a mão direita custou R$ 13, quatro vezes mais cara do que a consumida pelos servidores menos privilegiados por Hilda na prefeitura municipal de Lagarto.
Praias caras como Hibiscus (AL) e Guarajuba (BA) e o carnaval do Rio de Janeiro também são destinos certos da jovem, que tem vaga certa nos cargos distribuídos por sua prima aos seus parentes em Lagarto. Mas o destino que Maria reluta em ir é a sala da Ouvidoria da Saúde.