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Homens que alugavam carros nas locadoras e depois vendiam são presos em Sergipe

A Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) localizou e prendeu quatro suspeitos de integrar uma associação criminosa que atuava em Sergipe e outras localidades do país. O grupo locava carros em empresas e não os devolvia. Os automóveis eram levados para estados diferentes da origem, onde a propriedade era alterada. Em seguida, os carros eram negociados em outras unidades da federação. Segundo as investigações, uma das vítimas teria tido um prejuízo de cerca de R$ 90 mil. A ação policial resultou na apreensão de 15 veículos.

Na ação policial, foram presos quatro suspeitos identificados como Marcel Azevedo Silva Soares, Luanderson Pereira de Santana, também conhecido como “Bahia”, e Lucas Fernandes dos Santos, que atuavam como negociantes, além de Hyago José Nascimento Cruz de Araújo, que participava como “laranja”.

Segundo o delegado Hugo Leonardo, a investigação teve início em junho de 2019, quando houve a apreensão de um veículo Renault Oroch com restrição de furto. “Aparentemente, o proprietário havia comprado de boa fé a um dos investigados, o Marcel. Então começamos a apreender veículos na mesma situação. As pessoas tinham comprado esses veículos que sempre passavam pelo Marcel, que recebia os veículos de Luanderson, o “Bahia”, explicou.

O delegado detalhou a atuação do grupo criminoso. “Os carros eram locados em vários estados por “laranjas”, que levavam para Bahia e Piauí, onde era transferida a propriedade da locadora para uma pessoa física, outro “laranja”. Essas pessoas físicas foram identificadas, algumas moradoras de Sergipe, que serão indiciadas, mas ainda não foram presas. Elas traziam esses carros para o mercado de Sergipe, e os vendiam ilegalmente”, citou.

Os carros eram vendidos ainda sem restrição de roubo, já que a locadora demorava a prestar o boletim de ocorrência sobre o furto do automóvel. “Não havia qualquer restrição nos veículos, porque a locadora demorava a fazer o boletim de ocorrência. Ela demorava entre a data que deveria entregar até a feitura do boletim de ocorrência. Tiveram casos em que se decorreram seis meses. Durante esses seis meses, a quadrilha pode fazer essa transferência tranquilamente até chegar a um terceiro, de boa fé, abordado pela polícia com essa notícia de que o carro tinha essa restrição”, complementou o delegado.

Além dos 15 veículos apreendidos, a DRFV trabalha com a possibilidade da existência de outros veículos na mesma situação. “Estimamos que existam mais veículos, até porque mais restrições podem aparecer. Existem investigados na Bahia e em Alagoas. Continuamos a investigação. Os principais de Sergipe foram presos”, pontuou Hugo Leonardo.

Ainda segundo o procedimento investigativo, um dos suspeitos, o Hyago, era um dos principais “laranjas” e possui processos criminais por roubo de carro e tráfico de drogas.

Reprodução:www.imprensa1.com

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