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Garotinho de 1 ano e 8 meses morre após beber água.

Situação ocorreu no povoado de Lagoa do Boi, em Araci. Um bebê de 1 anos e oito meses morreu após sentir diversos sintomas.

Duas das mais de 30 pessoas que passarem mal e foram hospitalizadas depois de beberem água na cidade de Araci, a cerca de 220 km de Salvador, foram diagnosticadas com o rotavírus, doença provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por vírus. A informação é da secretária de Saúde da cidade. Um bebê morreu após apresentar sintomas. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso.

 

 

O caso ocorreu no povoado de Lagoa do Boi, que tem cerca de 700 moradores. Inicialmente, a suspeita era de que a água que abastece a localidade, há cerca de um ano, estivesse contaminada. A Empresa Baiana de Águas e Abastecimento (Embasa), responsável pelo fornecimento de água na região, no entanto, disse que os testes não apontaram contaminação. Por isso, a prefeitura da cidade investiga, também, se a caixa d’água está contaminada.

Os sintomas apresentados por alguns moradores foram: vômitos, diarreia e dores abdominais. Vinte e três deles precisaram ser internados, incluindo crianças. Até esta quarta, 11 continuavam no Hospital municipal de Araci. Outras cinco estão no Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana.

O resultado para o rotavírus, no entanto, foi dos pacientes que estão internados em Salvador.

“É um vírus que é muito comum na infância, mas também acomete os adultos”, disse Ana Ofélia Marques, secretária de Saúde de Araci.

A avó de uma das crianças que passaram mal falou que precisou acompanhar a neta porque outras pessoas da família também tiveram sintomas após beber a água.

 

O bebê que morreu após ingerir a água e passar mal se chamava David Raí dos Santos e tinha 1 ano e 8 meses. O óbito foi no dia 9 de setembro. A tia da criança fala da dor da família.

“Foi muita tristeza para a família toda. Perder um bebezinho tão sabido. Conversando tudo”, disse Joseane dos Santos, tia de David.

As amostras da água foram colhidas pela prefeitura e encaminhadas para serem examinadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador. Ainda não há previsão para divulgação do resultado.

A prefeitura solicitou e a Embasa suspendeu o abastecimento de água na zona rural do município, até que se descubra o que causou os sintomas nos moradores. Carros-pipa do Exército foram enviados para o local para abastecer a população.

Desde que o fornecimento foi interrompido, não houve registro de novos pacientes com os sintomas.

O que diz a Embasa

Por meio de nota, a Embasa disse que “desde que a suspeita de que a água distribuída na comunidade de Lagoa do Boi, no município de Araci, foi levantada pela Vigilância Sanitária, devido a episódios de mal-estar na população local seguidos de hospitalização e um óbito, a Embasa iniciou uma série de medidas visando a segurança da saúde da população local”.

A nota pontuou que, no “dia 11 (de setembro), a empresa interrompeu o abastecimento nas localidades rurais de Lagoa do Boi, Lagoa dos Cavalos e Jurema e iniciou uma investigação por meio da coleta de amostras no reservatório e na rede distribuidora local e de análise em laboratório para verificar se a água está dentro dos padrões de potabilidade determinados pelo Ministério da Saúde e se existem indícios de substâncias contaminantes na água”.

A empresa disse, também, que “os resultados obtidos até agora indicam que a água distribuída na localidade tem cloro residual dentro de padrão recomendado pelo Ministério da Saúde e não tem presença de microrganismos nocivos à saúde ou que coloquem em risco a saúde da população”.

Falou também que, nesta manhã, “técnicos da empresa coletaram amostras no reservatório do sistema de abastecimento para analisar mais parâmetros de potabilidade e chegar a evidências conclusivas sobre a qualidade da água distribuída nessas localidades”.

Pontuou que “o abastecimento vai continuar interrompido nas três localidades até que todas as evidências quanto à qualidade da água distribuída nessas localidades sejam apresentadas à Vigilância Sanitária”.

 

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