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“Por que meu candidato teve mais votos e não se elegeu?” entenda o coeficiente eleitoral

Você deve ter se perguntado, pelo menos em algum momento desde o resultado das eleições, por qual motivo alguns candidatos a vereadores, mesmo tendo recebido uma quantidade menor de votos, conseguiram se eleger para a Câmara de Vereadores de Aracaju, enquanto outros mais votados, não. A resposta para isso está no coeficiente eleitoral.

Nas eleições proporcionais, como a desse domingo (15), em que elegemos vereadores, ou as de deputados federais e estaduais, é adotado o quociente eleitoral para definir quem ocupa ou não as cadeiras da Casa. É ele que define a quantidade de votos necessários para que o candidato chegue ao cargo. Ainda não entendeu muito bem como funciona, não é? Vamos lá!

O cálculo para chegar ao coeficiente eleitoral é feito da seguinte forma: o resultado da quantidade total de votos válidos (excluindo-se os votos brancos e nulos), é dividido pela quantidade de cadeiras na Câmara Municipal. O valor exato só é conhecido após o encerramento das apurações, mas com base em eleições anteriores, é possível ter uma média da quantidade de votos necessários para eleger cada vereador.

Esse resultado obtido é válido para os partidos políticos, e não para um candidato em específico, ou seja, a quantidade total de votos recebidos por todos os candidatos de cada partido, dividida pelo quociente eleitoral, determina o quociente partidário – que é a quantidade de vereadores que o partido elege. Normalmente, os partidos determinam, antes das eleições, uma lista com ordem de prioridade para seus candidatos.

Aquelas candidaturas que tenham recebido, individualmente, votos acima do quociente estão automaticamente eleitas. Caso sobrem vagas destinadas ao partido, elas serão preenchidas pelas candidaturas na ordem de prioridade definida pela lista citada acima. No entanto, é necessário que uma candidatura tenha votos equivalentes a, no mínimo, 10% do quociente eleitoral para que ela possa ser eleita.

Uma novidade das eleições de 2020 foi a extinção das coligações para cargos proporcionais. Desta forma, cada partido deve buscar, individualmente, os votos para vereadores, o que reduz o efeito chamado “puxadores de votos”.

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