Duas semanas após o desaparecimento da jovem Ana Paula Proença Almeida, de 25 anos, o marido dela confessou a morte na manhã deste domingo (3). O corpo foi enterrado nos fundos da casa do casal, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. (PR). De acordo com a defesa de Adriano Meinster, de 35 anos, o crime aconteceu após uma briga e ele vai colaborar com toda a investigação.
Ana Paula desapareceu no dia 21 de dezembro e familiares já conheciam o histórico de brigas do casal. A mãe dela, Cleonice Proença, concedeu entrevista à rádio paranaense Banda B no dia 28 e relatou que não sabia mais o que fazer.
Com a prisão, Adriano descreveu que a briga foi motivada por ciúmes. “A Ana Paula teria encontrado mensagens de uma amante no celular de Adriano e questionado sobre uma viagem feita a Itapoá. Pelo que o autor nos contou, a vítima estava com uma faca e teria partido para cima dele, mas a morte aparentemente aconteceu por asfixia”, disse o delegado Ademair Braga.
O filho do casal, de dois anos, estava dentro de casa no momento do cometimento do crime, mas a polícia não soube informar se ele presenciou a morte.
O padrasto Paulo Roberto fez duras críticas a Adriano e garantiu que ele vivia às custas de Ana Paula. “Ele não trabalhava, vivia de bico e é um canalha. Com uma cara de pau, ele deu entrevista pedindo ajuda e agora se arrependeu tarde, não poderia ter feito isso”, disse.
Mensagens à sogra
De acordo com o delegado Ademair Braga, o acusado vai responder também por fraude processual, uma vez que enviou mensagens com o celular de Ana Paula para a mãe dela, Cleonice Proença. “Após o crime, ele apagou imagens e mandou mensagens do celular dela, o que caracteriza a fraude”, explicou.
Cleonice confirmou ter recebido mensagens estranhas de Ana Paula. “Agora eu não tenho dúvidas [de que Adriano cometeu o crime], para começar minha filha nunca escreveu daquele jeito, tudo errado”, lamentou.