aidson Acácio dos Santos recebia pouco mais de R$ 800 como garçom em 2014. Nesta quarta-feira (25/8) foi preso por suspeita de comandar esquema milionário de lavagem de dinheiro, em operação da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal.
O ex-garçom e atual dono da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos, preso no início de hoje na Operação Kryptos, da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal, por suspeita de pirâmide financeira. A PF afirma que a fraude movimentou “cifras bilionárias”.
A força-tarefa encontrou Glaidson em uma mansão em um condomínio de luxo às margens da Lagoa de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Até a última atualização desta reportagem, policiais tinham apreendido na casa R$ 20 milhões em espécie, entre notas de real, dólar e euro, além de barras de ouro.
Agentes saíram para cumprir nove mandados de prisão e 15 de busca e apreensão no RJ, São Paulo, Ceará e Distrito Federal.
O Fantástico do último domingo (22) mostrou que a GAS era investigada há dois anos pelo esquema, mas se disfarçava de consultoria em bitcoins, uma moeda digital (relembre abaixo).
Lucro ‘fácil’ em ‘criptomoedas’
Glaidson prometia lucros de 10% ao mês nos investimentos em bitcoins, mas a força-tarefa afirma que a GAS nem sequer reaplicava os aportes em criptomoedas, enganando duplamente os clientes.
A empresa de Glaidson tinha muitos investidores em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, que se tornou um paraíso dos golpes do tipo pirâmide financeira e ganhou até apelido de Novo Egito, como o Fantástico mostrou há duas semanas.
“Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”, informou a PF.
A GAS não tinha site nem perfis em redes sociais, e o telefone disponível na Receita Federal não funcionava.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio.