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Caso Ana Paula: marido acusado pela morte vai hoje a Júri Popular

Nesta quarta-feira, 13, tem início o julgamento de Vítor Aragão, acusado de matar a companheira, e mãe do seu filho, Ana Paula de Jesus Santos, de 26 anos, a golpes de marreta.

O crime aconteceu no dia 11 de maio de 2019 no bairro José Conrado de Araújo. À época, o Instituto de Criminalística foi chamado para uma ocorrência de um suposto latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Após os levantamentos feitos no local de crime, o perito apontou que não tinham indícios para um latrocínio. As investigações levaram ao indiciamento de Vítor Aragão.

De acordo com o laudo, o marido alega latrocínio, mas a Perícia de Local de Crime não verificou nenhum vestígio que elencasse esse tipo de delito, a exemplo da não presença de marcas no muro, indicando uma escalada, muito menos sinais de arrombamento. Além disso, a região onde o casal residia não possuía histórico de assaltos corriqueiros.

Outro ponto claro no laudo é de que a vítima não teria sido atingida por um único golpe de marreta, o que é possível afirmar devido à presença do perfil das manchas de sangue encontradas no local. O perito também conclui que Ana Paula recebeu as marretadas do lado oposto do relatado por Vitor.

E mais controvérsias corroboram em desfavor de Vitor Aragão. O médico-legista de plantão não encontrou nenhuma lesão compatível com a versão do marido de que teria sido atingido por um tijolo. Também foi encontrada em cima da cama do casal, onde a vítima estava morta, uma marca de pegada compatível com o chinelo utilizado por Vitor na noite do crime. Outro ponto controverso, uma vez que o marido afirmou não ter retornado ao local para socorrer a esposa.

A expectativa dos familiares é pela condenação de Vitor com a pena máxima, conforme afirmou Alexandre Vieira, irmão de Ana Paula, em entrevista ao Alerta 99, da Fan FM, desta quarta-feira, 13.

“Um sentimento muito ruim, de perda, e que acho que nunca vai ser superado pela nossa família, principalmente pela forma cruel que foi. Ela dormia com o inimigo e nunca fez menção do que poderia acontecer. Hoje estamos indo para o Fórum e esperamos que ele seja condenado no máximo possível de pena. Não que isso vá trazer ela de volta, mas para dar uma resposta para a sociedade e outros “Vitor Aragão” que tenha aí tenha um pouco de medo e não venha fazer isso com outra mulher”, disse o irmão.

 

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