A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta quinta-feira (25), que a cantora Marília Mendonça e a equipe que estava no avião acidentado no interior do Estado morreram vítimas de um politraumatismo contuso, provocado pelo choque da aeronave contra o solo.
Os investigadores ainda trabalham para identificar o que provocou a queda do bimotor King Air C90A, no último dia 5 de novembro, na cidade de Piedade de Caratinga, a 243 km de Belo Horizonte.
Thales Bittencourt, médico-legista chefe do IML (Instituto Médico-Legal) Belo Horizonte, detalha que foram encontradas diversas lesões graves em partes vitais dos corpos das vítimas, caracterizando o politraumatismo contuso. Segundo Bittencourt, as áreas mais afetadas eram os crânios, tórax e os abdomens dos passageiros e pilotos.
O legista também explica que não foram encontrados indícios de que a tripulação tenha morrido ainda no ar, em função da desaceleração causada pela perda do motor que atingiu o cabo de alta-tensão da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
“Foi um traumatismo intensivo, em função de um acidente com altíssima energia”, detalha o investigador sobre a força do impacto da aeronave ao cair sobre a cachoeira.
Ainda de acordo com Thales Bittencourt, os exames realizados com material biológico das vítimas descartaram a possibilidade de piloto ou copiloto terem passado mal durante o voo.
“As análises de teor alcoólico e toxicológico também não evidenciaram o consumo de substâncias ou intoxicações que pudessem contribuir com a morte”, acrescenta o especialista sobre os laudos referentes às cinco pessoas que estavam na aeronave.
Além da cantora sertaneja, estavam no piloto Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho, e Henrique Ribeiro, produtor da artista.
Do R7.com