O fim de semana foi marcado por polêmica envolvendo participante do concurso da Defensoria Pública de Sergipe. A denúncia foi feita durante o Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, desta segunda-feira, 11. Cerca de 21 candidatos ficaram de fora do exame após uma falha no certame do concurso. Eles entraram com uma liminar para que pudessem realizar o exame, mas no dia da prova, foram barrados e impedidos de realizarem o concurso.
Segundo a candidata Niully Campos: “Dos 40 possíveis habilitados para disputarem pelas cotas que se auto declarem negros, apenas 21 dessas pessoas são candidatos efetivamente cotistas porque os demais podem disputar pela concorrência. Pela lei de cotas, ainda que essas pessoas constem em ambas as listas, elas podem contabilizar para habilitar na cota porque isso tira vaga de outros cotistas. Esse resultado saiu e nos deparamos com essa contagem do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) que é uma contagem que desrespeita a lei de cotas”, disse.
Ainda de acordo com ela: “Diante da ilegalidade, o concurso já seria no dia 10, nos organizamos e impetramos uma ordem de segurança, houve duas ações para que, primeiro, os outros candidatos fossem convocados pelo cebraspe e participassem do concurso. Na quinta, a liminar saiu deferindo o nosso pedido para essa participação. No sábado à noite, todas as liminares caíram e os candidatos não foram comunicados da liminar”, explicou.
Para a concurseira, houve violação do direito dos concurseiros no dia da realização do exame. “Policiais chegaram de arma em punho para nos retirar do local, comunicamos tudo, mesmo diante do constrangimento. A polícia entendeu e pediu para que isso fique registrado na ata. Desde segunda, muitos cotistas tentaram contato com a comissão do concurso, porém não tiveram nenhuma resposta. O Cebraspe não mandou nenhum email para avisar que não era para ir. As pessoas foram ao local de prova e foram impedidos de realozá-la”, contou.
NOTA
Por meio de nota, a Defensoria Pública de Sergipe explicou que o concurso público em questão está sendo regido pelo mencionado edital e executado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos {Cebraspe}, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado de Sergipe (OAB/SE). A Comissão do Concurso lamentou todo o ocorrido e também se solidariza com os candidatos que não puderam fazer a prova escrita e ressaltou que as regras editalícias e as decisões judiciais foram estritamente cumpridas.