O pequeno Hughie McMahon, de apenas um ano, morreu depois de engolir uma bateria botão de um de seus brinquedos de pelúcia. O sangue ficou “ácido”, o que acabou gerando problemas em diversos órgãos de seu corpo, de acordo com os médicos.
Em entrevista ao The Scottish Sun, a mãe da criança, Christine McDonald, 32, da cidade de Motherwell, na Escócia, contou que o acidente aconteceu no dia 24 de dezembro de 2021 e desde então lutava pela vida. Ela e o pai do bebê, Hugh McMahon, 29, perceberam que o filho estava “mole”, com dificuldades para manter os olhos abertos e que havia um barulho de “chocalho” vindo de seu corpo.
Os pais, então, ligaram para a emergência e o menino foi levado de ambulância até o hospital. Após uma série de exames, eles foram informados que o sangue havia se tornado “ácido”. “Os médicos nos disseram que isso poderia deixá-lo paralisado por toda a vida ou causar um ataque cardíaco e ele ficaria com danos cerebrais graves. Seu fígado e rins já haviam sido danificados, seus pulmões entraram em colapso e seu coração estava inflamado”, lamentou a mãe. Até então, os pais e os médicos ainda não sabiam o que tinha acontecido.
A causa do problema só foi identificada no dia seguinte, após o menino passar por uma cirurgia de 12 horas. O cirurgião explicou que havia encontrado uma bateria botão alojada no esôfago da criança. “Ele me disse que se meu filho sobrevivesse, ele estaria apenas existindo. Nada mais”, lembrou Christine. O médico contou, ainda, que a bateria havia “queimado” um buraco no coração do bebê.
Hughie sobreviveu com ajuda de aparelhos por dois dias, até que os pais tomaram a difícil decisão de desligar os aparelhos de suporte de vida. “Eu vivi um inferno. Não há palavras neste planeta para descrever tanta dor”, desabafou a mãe.
Depois do ocorrido, os pais perceberam que a bateria era de um macaco de pelúcia que cantava. O brinquedo era composto por 3 baterias botão, e Hughie teria engolido uma delas. “Ninguém nos avisou sobre os perigos das baterias de botão. Eu nem sabia o que eram, mas elas estão em tudo”, disse Christine.
Os pais lançaram uma petição online, para tentar impedir que esse tipo de bateria continue sendo fabricado e comercializado. “Elas estão em absolutamente toda parte, nos brinquedos dados às crianças, em cartões de aniversário, escovas de dentes, sapatos que acendem, termômetros, canetas e enfeites. Se alguma coisa acender ou fizer um som, há uma boa chance de conter uma bateria botão”, disse o pai. “Elas arruinaram nossa vida e queremos garantir que ninguém mais passe por isso”, concluiu.
No mundo todo, estima-se que cerca de 5 mil crianças sofram esse tipo de acidente por ano e, destas, quase 50% não sobrevivem. É importante ter em mente que a ingestão de uma bateria é uma emergência. Por isso, os pais têm que procurar um pronto-atendimento imediatamente, sem dar nada para a criança ingerir e nem tentar provocar vômito. Em geral, a criança precisará passar por uma endoscopia de emergência para retirar esse corpo estranho.
Fonte: Comunidade F7