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Advogado de acusado de matar delegado Ademir afirma que mandante virá à tona durante Júri Popular que acontece hoje

Na manhã desta segunda-feira, 8, acontece o Júri Popular de Anderson Santos Souza, acusado de matar o delegado Ademir Melo no dia 18 de julho de 2016, enquanto passeava com seu cachorro na Alameda das Árvores, no bairro Luzia, em Aracaju.

O advogado de Anderson, Josefhe Barreto, foi entrevistado no Programa Alerta 99, da rádio Fan FM e reafirmou a inocência do seu cliente.

“Tenho certeza que Anderson é inocente. Farei de tudo para que essa Justiça se externize no Tribunal do Júri. Nós nunca pleiteamos a soltura de Anderson, até porque a soltura dele é um risco para a verdade do processo, por isso que ele está preso seis anos. Não se fala mais em latrocínio, Ademir foi morto, assassinado. Quem mandou, aí é outra questão. Acredito muito que o nome do possível mandante seja revelado nesse julgamento, até porque eu já conversei com o réu, fiz algumas diligências e nós sabemos quem foi que mandou matar Ademir”, disse Josefhe.

Na ocasião, ele também falou sobre as imagens cobradas pelo Ministérios Público de Sergipe (MP/SE) e que mostram a cena do crime, mas que não estão por completo nos autos.

“Esses 19 segundos nunca foram mandados completamente. Quem deve dar conta desse vídeo é quem recolheu ele lá no dia no condomínio. Anderson vai ser submetido a julgamento sem esse vídeo. Estou indo muito seguro para esse Júri e tenho certeza que os jurados irão fazer Justiça. Anderson não pode ser julgado, não pode ser condenado, quando chega cautelares após a sua pronúncia e o nome da pessoa que é citada nessas cautelares não seja chamada para esclarecer o que ali consta. Muita coisa só poderá ser esclarecida em plenário”, ressaltou o advogado.

Josefhe Barreto, advogado de Anderson Souza, acusado de matar o delegado Ademir

Ele disse ainda que vai pedir a retirada da viúva e promotora de Justiça, Caroline Leão, da função de assistente de acusação no processo. “Vou pedir ao juiz para recondiderar o pedido de retirada da viúva do processo, onde ela está como assistente de acusação e tem tumultuado o processo. Se não for retirado o nome dela, vamos entrar com Mandado de Segurança e outros meios jurídicos cabíveis para que ela não participe dessa sessão como assistente de acusação”.

E continou: “se não houver respeito às garantias fundamentais do réu, eu abandono o plenário em dois tempos. Até porque o réu é que possui essas garantias no processo.Anderson não vai sofrer um julgamento injusto”.

Por fim, ele falou sobre o conteúdo de duas cartas enviadas por Anderson à imprensa, declinando o nome do autor do crime.

“Juntei as cartas nos autos. Depois que nós conversamos, ele me contou toda a verdade. Posso dizer que estou com medo. Já contratei três seguranças, ontem foi um dia muito tenso. Essa carta apareceu e o que ela traz é muito forte. Tenho muito medo por tudo o que descobri. Muitas coisas aconteceram comigo desde que assumi esse caso. A última delas foi um acidente de carro, que não se encontrou até hoje quem bateu no meu carro, eu quase morro nesse acidente. São coisas muito estranhas que acontecem na minha vida. Anderson perdeu um irmão que foi assassinado na frente da mãe, um irmão que tinha problemas psicológicos”, finalizou Josefhe Barreto.

Sobre o crime

Ademir da Silva Melo Júnior, foi alvejado enquanto passeava com o seu cachorro na localidade conhecida como Alameda das Árvores, no dia 18 de julho de 2016.

Hoje, o processo caminha para a sua reta final e com um saldo um tanto quanto inusitado: um acusado preso, diversos questionamentos da defesa e do Ministério Público de Sergipe (MP/SE), uma negativa de autoria deste acusado e muitas dúvidas a serem esclarecidas.

Ao final da investigação policial, o delegado indiciou o acusado pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, e remeteu o inquérito ao Ministério Público.

 

via: FanF1

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