Suspeito por atear fogo à vítima foi preso na madrugada desta quarta-feira em São Paulo.
Foi sepultado às 10h30 desta quarta-feira (8), em um cemitério do Povoado Lagoa Bonita, no município de Nossa Senhora da Glória, Sertão sergipano, o corpo de Carlos Roberto Vieira da Silva, o morador de rua de 39 anos que morreu após ter 70% do corpo queimado enquanto dormia em uma rua da Mooca, Zona Leste de São Paulo.
Ele chegou a Sergipe no final da tarde desta terça-feira (7), no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, e depois seguiu para Nossa Senhora da Glória, onde foi velado. No domingo (5), Carlos Roberto foi internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal do Tatuapé, com queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas, costas, tórax e rosto, e morreu na manhã da segunda-feira (6).
Familiares informaram que essa seria a quinta vez, desde 2003, que a vítima foi para São Paulo. Em uma das idas, chegou a conseguir um emprego formal, mas depois passou a trabalhar como catador de material reciclável. Durante os períodos de inverno, voltava para a cidade sergipana, para trabalhar com a família no cultivo de milho e feijão.
O suspeito foi preso, na madrugada desta quarta-feira, o suspeito pelo crime, que foi identificado como Flausino Campos. Segundo as investigações, ele também é morador de rua e circulava pelo mesmo bairro da vítima. À polícia, Flausino admitiu ser a pessoa que aparece nas imagens jogando combustível e colocando fogo em Carlos. Ainda não se sabe se ele e a vítima tinham desavenças. O preso será ouvido na tarde desta quarta-feira.
Os investigadores conseguiram identificar o suspeito com o auxílio de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas.
Flausino foi indiciado por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar. O caso foi registrado inicialmente como crime de lesão corporal no 56º Distrito Policial (DP), da Vila Alpina, mas será investigado pelo 18º DP, do Alto da Mooca, como homicídio.
Por G1 SE