Em Cristinápolis, a população está na bronca com os vereadores de oposição – que é maioria – à gestão do prefeito Sandro de Jesus (PT). É que, por questões políticas, a Câmara Municipal tem se negado a corrigir um erro técnico na Lei Orçamentária Anual de 2023, o que tem impedido a Secretaria Municipal de Educação de iniciar o ano letivo de 2023.
De acordo com o vice-prefeito e secretário de Educação, Zé de Alaíde, o orçamento aprovado concede R$ 36 milhões para Educação, mas sem saldo para algumas dotações. “Nós não temos saldo para empenhar alguns contratos e o que está dificultando o retorno das aulas é, justamente, o transporte escolar. Não temos saldo financeiro para empenhar o transporte escolar. Só temos R$ 100 mil de saldo financeiro e precisamos de R$ 2 milhões”, explicou.
Diante da celeuma, pais e mães de alunos foram para a frente da Câmara Municipal de Cristinápolis cobrar providências. Na ocasião, o vereador-presidente Placa foi amplamente vaiado, devido a sua irresponsabilidade com a Educação e pela audácia de chamar a Polícia Militar para frente do parlamento. “A gente só vai sair daqui quando resolver. É tudo ou nada. Policial não mete medo em nós não, nenhum deles”, declarou uma mãe.
Outra mãe de aluno cobrou da vereadora Elielma um posicionamento favorável ao retorno das aulas. “Nós não sabemos quem errou, na verdade, mas cabe a vocês agora consertar o erro e não manter os nossos filhos longe da escola. Nossos filhos estão sem uma preparação, foram dois anos de pandemia, um ano que foi só empurrado com a barriga os alunos, no futuro eu pergunto qual a preparação que os nossos filhos vão ter, com os de vocês que estão numa escola particular, pra entrar numa federal?”, indagou uma mãe em tom de revolta.