Uma policial militar foi presa nesta quarta-feira (22) acusada de matar o companheiro, o também PM Nélio Rego Lione, 44 anos. A vítima teve o corpo encontrado parcialmente carbonizado por volta das 9h de sábado (18), na estrada do Sabão, em Guarulhos (Grande SP).
A prisão temporária dela, de 30 dias, foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que afirmou que o caso corre em sigilo. A identidade da policial não foi informada.
Segundo o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos, que investiga o caso, o corpo do cabo Lione foi encontrado dentro de um Honda Fit, de propriedade da PM presa, com o rosto carbonizado e enrolado em um cobertor, também com marcas de queimadura.
A polícia acredita que vítima teria sido morta antes de ser levada ao local. Uma cápsula de arma de fogo foi encontrada ao lado do corpo. Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o Uno estacionando na estrada, às 8h38. Um minuto depois, o Honda estaciona atrás do Fiat. Uma pessoa, aparentemente do sexo feminino, desembarca do veículo e segue até o Uno.
Logo em seguida, ainda segundo as imagens, um carro vermelho estaciona em frente a uma residência. Assim que este veículo para, a pessoa que desembarcou do Honda volta ao carro, manobra e sai do local, sendo seguida pelo Uno.
O corpo do cabo Lione foi encontrado a poucos metros de onde as imagens foram feitas, dentro do Honda Fit. De acordo com a Corregedoria da PM, a policial teria confessado o crime. A motivação para o assassinato é investigada.
Uma segunda pessoa que ocupava o Uno verde, que aparece nas imagens, seria outra policial militar. Ela disse, em depoimento, que foi chamada pela outra PM para acompanhá-la em uma consulta médica.
Antes disso, ela teria afirmado desconfiar que a amiga desviou o caminho e, em seguida, abandonado o carro na estrada. Até o momento, ela consta como testemunha do caso.
A policial militar foi presa pela Corregedoria da PM encaminhada ao presídio Militar Romão Gomes. O caso é investigado, por meio de inquérito policial, instaurado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa de Guarulhos. A Corregedoria também instaurou um Inquérito Policial Militar. (Por Folha de São Paulo).