Festa do Catete: Áudio expõe esquema de devolução de dinheiro em contratação de bandas

Uma bomba explodiu um Rosário do Catete, de onde surgiram alguns áudios expondo um suposto esquema de devolução de dinheiro, no pagamento de grupos musicais na Festa do Catete. Nos áudios direcionados à secretária Municipal de Cultura, Maura Pérola Negra, o empresário de uma  banda alega ter que devolver valores que, segundo ele, seriam utilizados na campanha eleitoral do prefeito César Resende, em 2024.

“Maura, boa noite. Veja só, Maura eu não sou moleque, eu não sou palhaço, eu sei que César vai me deixar fora da programação da festa do Catete, e não era pra ele fazer isso porque o acordo não foi esse. Eu sentei com Macedo, ele declarou tudo pra mim, passou que os valores que iria devolver seria para campanha de César, que já tinha tirado os valores da campanha passada e agora ia tirar os valores para campanha de 2024. Minha banda tocou dia 28, acertou comigo por R$ 35 mil,  pediu pra eu devolver R$ 17 mil, eu devolvi, como Macedo falou pra mim”, disse o músico.

E continuou: “Assinei uma promissória com Macedo, desses R$ 17 mil. Eu tenho tudo aqui, eu não sou moleque. Se César não me colocar nessa programação eu vou abrir a boca, porque César reservou a data comigo, deixei a data programada para César, Macedo me prometeu na época, inclusive Macedo disse que ia me botar no carnaval, não me colocou, depois disse que ia me colocar na festa do Catete porque minha nota era boa, e agora estou nessa situação, rapaz. Eu não vou ficar nesse prejuízo. Macedo me passou da seguinte forma, Júnior, você vai pegar R$ 35 mil e vai devolver a metade, que essa metade é para campanha de César, esse dinheiro não é meu, é de César, então você tem que me passar. E foi cumprido, se foi mandado para sua conta, se foi mandado para a conta de Macedo, eu não quero saber, eu não tenho nada a ver com isso, eu cumpri com a responsabilidade, eu cumpri com o acerto”.

Ele ainda fala nos áudios de forma revoltada em relação ao tratamento que lhe foi dado, mesmo cumprindo acordos prévios. “Eu não sou palhaço, já mandei mensagem para Macedo, para César e para Neto, estou mandando mensagem para todos que sabiam do esquema. Eu quero que resolva. Eu não quero saber por quanto vai colocar minha banda, quanto vai voltar, eu quero é tocar, porque foi prometido. Macedo junto com César precisa resolver minha situação, porque eu não vou admitir ver bandas lá que não tem nada a ver com a situação, que não tem nada a ver com o São João,  bandas ressuscitadas, bandas mortas no palco e a minha ficar de fora. Não vou admitir isso, porque o acerto não foi esse”, disse em tom de ameaça.

Por fim, o artista diz que tem buscado de todas as formas resolver essa situação, mas que ainda não obteve resposta. “Eu já tentei falar com ele, ligo mas não me atende, ele visualiza minhas mensagens e não me responde, escuta os meus áudios ele escuta e não responde. Eu tenho os meus meios, pra chegar no ministério público, no tribunal de contas, na imprensa e denunciar, eu faço rapidinho. Sabe por que? porque o homem tem que ter palavra, e ele me deu a palavra que a banda estaria na festa do Catete. Macedo me disse a mesma coisa: Macedo vai colocar as bandas dele e a minha não? por que? Então não quero saber, vou denunciar você, vou denunciar ele, vou denunciar todo mundo, eu não estou nem aí. Eu vou esperar e eu quero ver até segunda -feira se ele não vai colocar a banda na programação”, concluiu.

Procurada, a Prefeitura de Rosário do Catete   informou que a contratação das atrações musicais aconteceu de acordo com a legislação e seguiu todos os trâmites necessários exigidos pelos órgãos fiscalizadores, e que realizou consulta por meio de enquetes no Instagram oficial a fim de tentar identificar as preferências dos internautas.

Com informações de FanF1*