A Esmeralda Bahia, um dos maiores e mais valiosos tesouros naturais do Brasil, está prestes a retornar ao país após anos de luta nos tribunais. A pedra, descoberta em 2001 na cidade de Pindobaçu, na Bahia, pesa cerca de 380 kg e é considerada um ícone do patrimônio cultural brasileiro. Em 21 de novembro de 2024, a Justiça dos Estados Unidos decidiu favoravelmente ao Brasil, aceitando o pedido de repatriação feito pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
Este processo judicial tem atraído atenção não só pelo alto valor econômico da pedra, mas também pela sua importância histórica e cultural. O governo brasileiro, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), argumentou que a esmeralda foi extraída e exportada de forma ilegal, utilizando documentos falsificados para sua comercialização no exterior.
A disputa começou logo após a exportação ilegal da pedra para os Estados Unidos em 2005. A esmeralda foi enviada para os EUA com documentos fraudulentos que simulavam sua legalidade, permitindo que fosse contrabandeada sem a devida autorização das autoridades brasileiras. Os empresários Elson Alves Ribeiro e Ruy Saraiva Filho, envolvidos no esquema de tráfico de artefatos culturais, foram processados e condenados por crimes como contrabando e receptação.