O senador Laércio Oliveira, do Progressistas, é amplamente reconhecido por sua postura cortês e por seu respeito ao contraditório. Mesmo em momentos em que foi criticado, Laércio sempre manteve uma postura digna, defendendo suas ideias sem recorrer a ataques pessoais ou agressões. Essa característica o coloca como um político acima da média. No entanto, uma situação recente envolvendo um de seus aliados políticos levanta questionamentos sobre a sua gestão de relações partidárias e sua capacidade de preservar a unidade de seu grupo político.
No último sábado, 18, Edson Costa, secretário-executivo da Educação de Sergipe, anunciou publicamente sua aliança com a vereadora Daniela Trindade, do Progressistas, através de uma postagem em suas redes sociais. O problema começa a se desenhar quando analisamos o contexto político: Edson Costa, até onde se sabe, mantém uma relação próxima com Laércio Oliveira, e sua movimentação não apenas pode prejudicar um possível apoio à candidatura do deputado estadual Luciano Pimentel (também do Progressistas), mas também enfraquece o próprio grupo político do senador.
A questão vai além do simples apoio a outros nomes dentro do Progressistas. Ao buscar a vereadora Daniela Trindade, que poderia se aliar a Luciano Pimentel, e ao promover abertamente o projeto de Zezinho Sobral, secretário de Educação, a atuação de Edson Costa soa estratégica demais para não ser vista com suspeitas. A postura agressiva de Edson na política, não apenas em Simão Dias, mas em várias outras cidades, coloca em risco a coesão interna do Progressistas, principalmente quando se observa que o objetivo de fortalecer Sobral pode acabar minando o apoio que Luciano Pimentel, fiel aliado de Laércio, busca nas mesmas localidades.
A situação revela uma fragilidade que pode refletir diretamente no futuro político do Progressistas, principalmente no que tange à unidade interna do partido. Com aliados dessa natureza, Laércio Oliveira, que já tem demonstrado sua habilidade em transitar na política sem criar inimizades, pode ser colocado em uma posição desconfortável, onde a falta de controle sobre as ações de seus próprios correligionários acaba prejudicando não só sua imagem, mas a do partido como um todo.
Portanto, o alerta é claro: Laércio Oliveira corre o risco de enfraquecer ainda mais a já delicada articulação política do Progressistas.