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Influenciador e empresário do ramo de carros morre após anestesia geral para fazer tatuagem

O empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos e mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, morreu na última segunda-feira (20) durante um procedimento em um hospital de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo um amigo da família, a vítima recebeu anestesia geral em um hospital da cidade durante um procedimento de tatuagem.

Procurada pelo g1, a Polícia Civil afirmou que instaurou um inquérito para investigar a morte. A reportagem tenta contato com os responsáveis pelo procedimento nesta terça-feira (21).

Segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM), não há proibição para que um anestesista aplique o medicamento, em uma unidade de saúde, em pacientes que façam tatuagens (leia mais abaixo).

Conhecido pela venda e compra de veículos de luxo na região no Litoral Norte, Godoi será velado nesta terça, a partir das 11h, na Capela do Vaticano em Itajaí, na mesma região. O sepultamento ocorre às 17h, no mesmo local.

Despedida

 

Amigo do empresário, Ricardo Portes conta que Godoi o ajudou a entrar no mercado de luxo do estado. Segundo ele, o empresário teve uma carreira de sucesso na área e foi eleito o maior vendedor de uma marca alemã por anos, além de ter importado veículos de luxo e exclusivos para o Brasil.

Casado e com filhos, o empresário foi descrito pelo amigo como uma pessoa iluminada:

“Era um ótimo pai, marido exemplar, transbordava energia onde chegava, muito amado pelas crianças”, contou o amigo.

Procedimento e investigação

Segundo Portes, o empresário morreu por volta do meio-dia de segunda. Nas redes sociais, Godoi chegou a colocar um aviso que faria um procedimento cirúrgico e retornaria às 16hSegundo a Polícia Civil, testemunhas serão ouvidas para apurar o fato e a causa da morte.

O que diz o CRM sobre o caso

 

Até a manhã desta terça, o caso do empresário não havia sido encaminhado ao CRM de Santa Catarina. Ao ser questionado, no entanto, o órgão afirmou que há um parecer que orienta os profissionais sobre procedimentos de tatuagens.

Conforme o documento, assinado em 6 de junho de 2024, não há dispositivo que proíba o médico anestesista ministrar anestesia em estabelecimento de saúde, para paciente tatuar uma parte do corpo.

“É necessária a obtenção de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado pelo paciente ou responsável legal, contendo os principais riscos da anestesia, bem como a identificação do médico responsável pelas sua realização. Como sugestão, um TCLE direcionado para o procedimento, informando que o paciente não será capaz de opinar/interagir como profissional durante a sedação/anestesia”, cita o documento do CRM.

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