Mais de 600 pessoas em situação de rua vivem em Aracaju

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O levantamento atende a Decreto Federal voltado para a efetivação das políticas públicas e foi realizado em setembro do ano passado. A metodologia para a obtenção dos dados foi aplicada entre as 22h e 4h e realizada em duas etapas: a primeira para produzir um número mais ampliado e a segunda para caracterizar essa população em sete grandes categorias.

De acordo com um dos integrantes do grupo de trabalho, professor Bruno Cerqueira, foram feitas perguntas que dizem respeito à identificação, relação com a rua, habitação, direitos humanos, condições de saúde, trabalho, higiene.

“Isso tudo agrupado em algo em torno de 70 perguntas, mais ou menos, aplicadas nas madrugadas, com quem volta e acorda na rua, e também com a população em situação de acolhimento, seja nos abrigos sociais seja, por exemplo, na rede de saúde”, disse o professor, ressaltando que um dos objetivo do censo é que os dados levantados sejam utilizados para o desenvolvimento de políticas públicas para essa população”, disse o professor.

Ainda segundo ele, conflitos familiares, perdas afetivas, problemas com drogas e condições de saúde mental estão entre os motivos dessa vulnerabilidade.

Números

A maioria da população de rua de Aracaju tem entre 30 e 47 anos.
O trabalho de coleta de material reciclável é um dos mais comuns , realizado por 38% dessas pessoas.
78,7% são pretos e pardos; enquanto as pessoas de pele branca são 17%
81% são do sexo masculino, 36% estão em situação de rua há mais de cinco anos e 30,86% entre um e cinco anos.
63% disseram que já sofreram algum tipo de violência na rua.
80% dormem em espaços públicos; e 12,96% em abrigos da assistência social.
67,90% informaram saber ler e escrever.