O senador Rogério Carvalho, PT, garantiu à Coluna Aparte nesta quarta-feira, 20, que a decisão do seu partido disputar a Prefeitura Municipal de Aracaju no ano que vem “é um fato consumado”. Ele aponta um nome do partido que estaria apostos e um outro que ele veta.
Mas, pela ligação com o prefeito Edvaldo Nogueira, PCdoB, a quem o PT ajudou a eleger em 2016, inclusive tendo Eliane Aquino como vice-prefeita, não seria algo autofágico, ou fratricida, de irmão engolindo irmão?, pergunta-lhe a Coluna.
“Não encaro isso como um projeto fratricida. Eu só acho que o PT precisa apresentar nomes e se reposicionar na cena política. Para mim, será uma briga normal da política. Uma briga da democracia, partindo do princípio de que o PT precisa se reposicionar. Vamos colocar um nome à disposição e a sociedade é quem vai escolher quem será o melhor para a cidade”, diz o senador.
Cordial, sem a mínima crítica direta a Edvaldo Nogueira, à gestão e ao projeto político do prefeito de se reeleger, o senador Rogério Carvalho diz que necessariamente o PT não precisa ir à campanha com quarto pedras nas mãos, criticando.
“Nós vamos para a campanha apresentando a nossa proposta. A minha campanha para o Senado no ano passado foi um exemplo de como a gente acha que se deve conduzir uma campanha política: dizendo o que se propõe a fazer. Sem medo de se expor. Sem medo de dizer quais são as posições, o que se pensa e de que modo deve ser governada a cidade”, reforça o senador.
Rogério Carvalho afirma que para o processo sucessório de Aracaju o PT “tem vários nomes”. Mas patina apenas sobre o do ex-deputado federal e secretário de Finanças do Executiva Nacional do PT, Márcio Macedo.
“O Márcio Macedo está bem posicionado. Mas nossas opções não ficam somente nele. Diria que Márcio é apenas o que já manifestou interesse, mas vamos ver ainda nas discussões internas do partido se mais alguém vai se manifestar, se mais alguém tem interesse para definirmos quem finalmente será o candidato. Todos que se manifestarem serão bem-vindos e aquele por quem o partido se definir terá o meu apoio. Esta será uma eleição na qual vou me colocar na condição de apoiador”, diz Rogério.
Neste pacote, Rogério insere a vice-governadora Eliane Aquino. “Temos a Eliane Aquino, que não se manifestou ainda. O nome de Eliane não depende de mim, nem de mais ninguém: só depende dela se colocar à disposição. A decisão que o partido tomar, seja em favor de quem for, eu vou estar junto”, diz Rogério.
No PT, só tem um nome graúdo a quem Rogério Carvalho faz restrições para a disputa de 2020 em Aracaju: é ao dele mesmo. “Eu, pessoalmente não disputarei o mandato de prefeito. Não farei isso porque estou começando agora o meu mandato e está reservada para mim no ano que vem a liderança do Partido dos Trabalhadores aqui no Senado. Ademais, tenho compromisso com o mandato e com o partido. Afinal, o povo de Sergipe me deu essa honra depois de tanta luta”, avisa.
POR: Jozailto Lima