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Jovem com Covid-19 internado envia áudio para família antes de morrer: “Vão me intubar e desligar o aparelho”

Ouça áudio gravado pelo jovem horas antes da sua morte

A morte do jovem Leandro Santos Azevedo, de 19 anos, diagnosticado com coronavírus (Covid-19) na último domingo (28), levou sua família a recorrer à imprensa e aos órgãos públicos para sanar as dúvidas que surgiram a respeito das causas. O fato é que horas antes de falecer, Leandro teria enviado um áudio para a namorada, onde afirmava: “Eles vão me intubar todo aqui e vão desligar o aparelho”, se referindo aos profissionais que realizavam o seu atendimento no Hospital de Campanha do Wet’n Wild, localizado na Paralela, em Salvador.

O jovem deu entrada no Hospital de Campanha na última segunda-feira (29), após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da San Martin, onde recebeu o diagnóstico da doença. Um vídeo mostra o momento em que Leandro deixa a unidade, aparentemente estável, lúcido e se comunicando com os familiares.

O episódio que gerou dúvidas na família de Leandro quanto às verdadeiras causas que levaram à sua morte ocorreu ainda na noite da segunda-feira, quando o jovem enviou à namorada, Talita Fernandes, um áudio onde relatava: “Eles vão me intubar todo aqui e desligar o aparelho”, se referindo aos profissionais de saúde que realizavam o seu atendimento. Na mesma conversa, o rapaz chegou a sinalizar que o mesmo já havia acontecido com um outro paciente e encaminha uma foto do que seria, segundo ele, um homem intubado e com os aparelhos desligados.

Em outro momento da conversa, Leandro menciona que teria ouvido o que seriam profissionais que atuavam no local sinalizando que iriam lhe entubar: “Eles já estão querendo intubar, mas a moça aqui falou ‘ele é muito novo’”, conta.

 

A suspeita levantada pelo jovem horas antes de vir a óbito tem feito a família se questionar sobre as reais causas da sua morte. Em entrevista ao PNotícias, Marcos Azevedo, tio de Leandro, conta que a mãe do rapaz recebeu uma ligação do hospital para que comparecesse à unidade junto com a documentação dele e que, apenas ao chegar no local, foi informada do ocorrido. A morte de Leandro foi registrada na madrugada de terça-feira (30), por volta das 2h.

Ainda de acordo com Marcos, outro ocorrido que vem gerando dúvidas à família em torno da morte de Leandro está ainda relacionada à causa. O tio do rapaz conta que a médica responsável pela assinatura do laudo de óbito de Leandro teria mencionado à mãe e à namorada do rapaz, na presença de um psicólogo e de uma assistente social, uma causa diferente da mencionada no documento.

“No laudo ela informa que a causa da morte foi parada respiratória, pneumonia e Covid-19, mas quando conversou com a mãe e a namorada dele na frente do psicólogo e da assistente social, disse que  ele sofreu uma parada cardíaca e vomitou quando estava sendo intubado”, conta.

PNotícias entrou em contato com Talita, namorada de Leandro, que confirmou os relatos de Marcos a respeito da suposta divergência na fala da médica.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pela administração o Hospital de Campanha do Wet’N Wild negou que haja interesse dos profissionais em desligar os aparelhos de pacientes após o processo de entubação e que este jamais seria um tipo de conduta a ser adotado. “Não houve erro/negligência médica no atendimento ao paciente Leandro Santos Azevedo”, afirmou.

Sobre a suposta divergência nas informações passadas pela médica a respeito da causa da morte do rapaz, a SMS se disse não ter como se pronunciar sobre o assunto, visto que, trata-se de uma conversa que teria acontecido de maneira informal.

Em nota, a SMS informou ainda que o jovem já passava por complicações em seu estado clinico, uma vez que ele estava internado em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Confira nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que de acordo com o apurado junto à empresa Associação Saúde em Movimento (ASM), gestora do Hospital de Campanha do Wet’n Wild, não houve erro/negligência médica no atendimento ao paciente Leandro Santos Azevedo. Ainda segundo a ASM, devido a complicações do estado clínico do paciente, a equipe médica optou pela intubação do mesmo, uma vez que o tratamento com uso do respirador mecânico não estava surtindo efeito. Infelizmente, a piora clínica evoluiu rápido, apesar da utilização de toda estrutura assistencial disponível no leito de UTI da unidade. Ainda assim, uma equipe técnica da SMS responsável pela fiscalização das metas qualitativas dos atendimentos ofertados à população pelas empesas terceirizadas fará apuração dos fatos”.

 

por: Pnotícias.com.br

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