A filha de um paciente de 82, com Parkinson, que faleceu vítima de Covid-19, no Hospital São José, em Aracaju, no último domingo (5) diz não ter certeza se o corpo sepultado pela família é realmente do pai.
A dúvida começou depois que ela descobriu que os pertences entregues pelo hospital, como sendo do pai, na verdade não eram de um paciente que está internado na enfermaria da unidade de saúde.
“Após me refazer do impacto de abrir a bolsa e ver que os objetos não eram do meu pai, liguei para o hospital e disseram que o pertences são de outro paciente que está vivo. Agora quero uma prova de que realmente sepultei meu pai. Já que não pude fazer o reconhecimento do corpo”.
Ela disse em virtude da troca dos objetos e da falta de resposta do hospital sobre a comprovação do óbito registrou um Boletim de Ocorrência e solicitou acompanhando jurídico. “O hospital queria que eu devolvesse os objetos do outro paciente, mas só vou entregar aos familiares dele. Porque essa situação envolve os sentimentos de duas famílias. Além disso, erraram o nome do meu pai no documento do óbito”, desabafou.
O hospital informou, através de sua assessoria de comunicação, que o corpo retirado pela família pertence ao pai da denunciante e que lamenta o transtorno causado pela troca dos pertences. Também reforçou que no domingo só foi registrado esse óbito, sendo impossível uma troca de corpos.
