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“Partido dos Trabalhadores é só da porta para fora”, denuncia ex-funcionária do PT

Uma denúncia grave marcou o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, na manhã desta terça-feira, 28. Marta Morena, ex-funcionária do PT em Aracaju, expôs um suposto descaso do partido referente aos seus direitos trabalhistas e resolveu tornar o caso público.

Marta dedicou 25 anos de sua vida ao Partido dos Trabalhadores, servindo na sede como secretária executiva, desde os anos 90, só que essa história mudou. “Em 2016, começou a minha saga, o meu sofrimento, com atrasos de salário, que atrasavam dois ou três meses e depois pagavam. Em 2017 também e em 2018, cheguei a receber o salário em retalhos. Chegou a um ponto que eu não aguentei mais”, relatou.

Ela afirma que o último salário recebido foi o 13º de 2019 e os valores referentes a janeiro e fevereiro de 2020. No entanto, ela afirma que só recebeu esse montante em outubro de 2020, com um atraso significativo.

“Eu passei por grandes dificuldades. Todos que fazem parte da direção, seja municipal ou estadual, porque trabalhávamos juntos, sabiam dessa situação. Muitas vezes eu fui lá chorar, pedir, implorar e me humilhar”, disse Marta que afirmou ainda que os encargos sociais, como FGTS e INSS só foram pagos até a competência de outubro de 2015.

“Nesse sofrimento, eu pedi aposentadoria, perdendo 40% do meu corpo de salário, para que eu pudesse dar garantia a minha subsistência. Chegou ao ponto de colegas minhas fazerem cesta básica e todos que eu procurei dentro do partido, todos diziam que era hoje ou amanhã. Até que chegou 19 de janeiro de 2021. Nesse dia, quando entrei no meu trabalho, desabei no choro envergonhada, uma vergonha terrível pela situação que eu estava passando, pelo tratamento e pela indivisibilidade”, declarou a ex-funcionária.

“Como é que eu venho do Partido dos Trabalhadores, que prega lutar por direitos dos trabalhadores, mas pelo que eu estou vendo, é só da porta para fora. Porque da porta para dentro eu estava lá”, apontou Morena.

Marta afirma ainda que chegou a enfrentar uma depressão. “Até as pessoas com quem eu trabalhava 8h a 9h por dia e faziam parte da minha vida durante esses 25 anos, não me davam um bom-dia, não queriam saber se eu estava viva ou morta”, lembra.

O processo movido por ela continua na justiça. “Já me foi dado ganho de causa, está em fase de cálculo de pagamento e estou aqui para colocar esse assunto em foco. Vou te dizer, é um relacionamento abusivo, porque você fica preso naquilo ali emocionalmente, psicologicamente e você não tem coragem de tomar uma atitude. Então eu passei muito tempo estudando e pensando no que eu ia fazer, até que não suportei mais e tive que fazer isso”, declarou.

Vocês não têm ideia do que é um trabalhador que está lá se dedicando, de corpo e alma naquele trabalho, sem receber o seu salário, indo para o SPC, para o Serasa, sem poder participar da vida em sociedade. Eu não pude ir para o casamento de uma pessoa muito querida, por não ter dinheiro para alugar uma roupa”, contou.

Marta ainda adiantou que João Daniel e Rogério Carvalho enviaram uma representante para a sua casa para alinhar um acordo. Contudo, a proposta não foi efetivada nessa conversa realizada ainda em setembro do ano passado.

Em dezembro passado, ela relata a última interação com o presidente do partido, Jefferson Lima. “Você critica as atitudes insanas de Bolsonaro, mas esquece que, em 25 anos de trabalho, ficaram 11 meses de salário atrasado, por isso que eu não fui mais trabalhar”, após isso, ela afirma que foi bloqueada pelo gestor.

Mesmo após tudo que passou, ela finalizou: “Eu peço que os ouvintes não demonizem a sigla, porque não é a sigla, é alguém que assume os partidos e não tem a responsabilidade de gerenciar dentro da lei”, completou.

Fonte: FanF1

 

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